domingo, 3 de fevereiro de 2008

Você nunca vai saber

Tem dias que eu não queria pensar, nem sentir, nem enxergar. Melhor nem viver.
Cada um com sua vida, feliz ou não, ou mesmo fazendo de conta.
Que lei é esta que me pesa a consciência?!
Por onde passo, alguns me notam e, às vezes, isso me incomoda.
Alguns notam um brilho no olhar, mas nem de longe percebem o gosto salgado que corre nas veias.
Não me exaltes, porque não mereço!
Saudade é algo que me persegue, e, se dizem que saudade é bom, ainda não descobri pra quê.
Vocês me perseguem! Não vêem que quero ficar em paz? Pelo menos hoje!
Sons de diferentes ritmos são captados e olhando pro lado ou pra frente, só me vejo atrás.
E, me sentindo no direito, falo o que quiser, ou pelo menos, penso.
Pressa de tudo desejando que nunca tivesse acabado.
Tanta coisa pra falar, mas ao me sentar me vejo escrevendo coisas ridículas (como essa) e me calando no mais profundo silêncio de quem nunca saberá ler meu olhar.
Será que muitos poetas eram felizes como demonstravam? Será que sentiam o amor e por ele viviam?
Às vezes penso em entrar no jogo e brincar de amar, mas não sei se essa palavra cabe em mim.
Muitos anos se passaram e foram dias felizes, eternos na lembrança, onde tudo era “simples” e fulgaz.
Hoje, vocês não sabem a metade, mas ninguém nunca vai saber nem de mim, nem de ninguém.
Das histórias que me contam, muitas jamais esquecerei. Se for lembrar de mim, que lembre de alguma história boa, ficarei feliz por isso!
Acreditei muitas vezes em algumas histórias, mas o romantismo oscila e tudo perde a razão.
Melhor seria nunca ter nos vistos, mas a intensidade e a, nem sempre, verdade que acontece no instante, faz valer para a história (não sei de quem).
No espelho nem penso em olhar, minha sensação de existir já é o bastante para sentir que nesse momento melhor ser apenas desejo de alguém, pois loucos de fato existem.
Isso porque você nunca vai saber, mesmo, agora, pensando que sabe.


Um comentário:

Junior Oliveira disse...

bonito!! com o haver no final fechou com uma beleza impar. so posso concordar com vc e dizer como vinicius ..... resta a fidelidade a mulher e ao seu tormento...beijos