sábado, 28 de junho de 2008

Projeto Segunda Aberta com GILBERTO CORREIA


O músico goiano Gilberto Correia se apresenta nesta segunda-feira, 30, às 21h no Centro Municipal de Cultura Goiânia Ouro. A abertura é por conta de Charles D’artagnan, com participação especial de Emídio Queiroz.

O show faz parte do projeto Segunda Aberta que existe desde 1980 e, entre idas e vindas, está acontecendo desde 2007 no Goiânia Ouro. Uma oportunidade dos músicos experientes mostrarem seus trabalhos, assim como os iniciantes, já que a proposta do evento é dar espaço igual para todos.

Gilberto começou a tocar na noite em 1983, influenciado pelo irmão mais velho, que tocava em bandas de baile. Depois de aprender os primeiros acordes teve experiência em grupo de teatro e corais. Os festivais foi o impulso para o músico que, ao lado de Du Oliveira, ganhou a II Festa do Compositor Goiano, quando tiveram a primeira canção gravada em compacto simples, no ano de 1982.

Em 1988 lançou seu primeiro LP “Tô de Olho em Você”, fazendo sucesso com a regravação de Vida Cigana, música de Geraldo Espíndola. Escancarado é o nome do segundo LP, lançado em 1991, tendo a música Nós Dois, de Celso Adolfo, como destaque. Em 1993 reuniu vários hits da noite goianiense no LP “Nos Bares da Vida”.
No ano de 1998 lançou o primeiro CD, “Cidade Vazia”, com músicas já gravadas anteriormente e também inéditas. No mesmo ano se juntou aos músicos Luiz Augusto e Christiano Silva formando a Banda Evoeh.
Em 1999 participou do projeto Noites Goianas 2, dividindo o palco com Maíra, João Marcelo, Marco Antonnini, Claudia Vieira, Nila Branco e Odair José.
No “Acervo 12 anos” reuniu 20 canções dos seis discos gravados, sendo lançado em 2001.
O último disco solo veio em 2002, “Canto pra Dizer do Amor que em Minhas Veias Pulsa a Bem Mais de Cem” traz canções próprias e também dos músicos Valter Mustafé, Horton Macêdo, Carlos Brandão, Du Oliveira, Nilton Rabello, José Sebastião Pinheiro, entre outros.
Ao dividir o palco com Luiz Augusto, Amauri Garcia e Walter Carvalho em 2007, lançou o DVD “Acústico Projeto Vozes de Goiás”.

Além de cantor e compositor, Gilberto Correia é produtor musical, sócio proprietário da Ipê Produções, grande responsável pelas execuções de grandes projetos musicais, foi diretor de Políticas e Eventos Culturais da Secretaria Municipal de Cultura, coordenando eventos como o projeto Pixinguinha, 3º Grande Arraial, Terça Tem Canja, Goiânia em Cena, Mercado das Pulgas. Foi membro da Comissão de Projetos Culturais (CPC) da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de setembro de 2004 a fevereiro de 2005, idealizador e fundador da Associação dos Cantores e Compositores do Estado de Goiás (ASCCOM), onde exerceu a função de Presidente de 25 de junho de 2002 a 25 de junho de 2004. Em 2005 e 2007 coordenou o Projeto Palco. Em 2006 e 2007 participou do Projeto “Música na Escola” com diversas apresentações em escolas de 1°, 2° e 3° grau, cantou no VIII FICA, na cidade de Goiás, e no Canto da Primavera, na cidade de Pirenópolis. Em 2007 participou do Projeto CEDUCA da Secretaria Municipal de Educação. Como técnico de som gravou várias bandas e músicos solos de Goiás, dentre eles, Nilton Rabello, Luiz Augusto, Divino Arbués, Du Oliveira, Emídio Queiroz, Cristiano Silva, Charles D’Artagnan, Grupo Candeias, Charm, Piquinês e José Sebastião Pinheiro (Chave). Gravou e produziu diversos Cd’s do Grupo Candeias (Capoeira) sendo o mais recente em 2008 (Capoeiristas de Cristo), gravou também os CD’s do Contra-mestre Charm (2006 e 2007), Contra-mestre Pequinês (2007) e por último a gravação, mixagem e masterização do CD duplo Lugares – José Sebastião Pinheiro, ainda a ser lançado.
Para este ano ainda, promete gravar o seu 5º disco solo, já tendo algumas faixas iniciadas e repertório definido.
Gilberto é sempre bem lembrado pelos colegas por sua grande vontade e incentivo de dilvulgar a música feita em Goiás.


Segunda Aberta com Gilberto Correia
Data: 30 de junho de 2008
Horário: 21h
Local: Centro Municipal de Cultura Goiânia Ouro
Rua 3 com Rua 9 - Centro
Valor: R$5,00

Vida Cigana

Nós Dois

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Show Eles por Elas

Eles por Elas é o show que acontece nesta sexta-feira, 27, às 19 horas no Grande Hotel. As cantoras Bel Maia, Débora de Sá, Fé Menina, Larissa Moura, Maria Eugênia e Thais Guerino interpretam músicas de compositores goianos dos anos 70, baseadas no livro MPB em Goiás. Assim como o livro, o cd também foi idealizado por Luiz Chaffin e Reny Cruvinel, que participam do show com seus violões. O músico Edílson Morais, percussão, e Marcelo Maia, baixo, também foram convidados.

Lançamento do CD – Eles por Elas
Data: 27/06/2008 (sexta-feira)
Horário: 19h
Local: Grande Hotel – Av. Goiás c/ Rua 3, Centro
Entrada Franca

Grupo Fé Menina
Thais Guerino Marcelo Maia Edilson Morais

Bel Maia

Larissa Moura
Maria Eugenia Débora de Sá
Fotos gentilmente cedidas pela Ipê produções


O livro MPB em Goiás traz histórias de músicos que viveram na difícil época de se fazer música em Goiás, 1970, (não que hoje seja diferente) e mesmo assim, com a ajuda dos festivais da época, venceram. Muitos tiveram suas canções regravadas por nomes, como Fafá de Belém, que regravou a música Araguaia, de Rinaldo Barra. Beth Carvalho, que regravou Vaqueirada, uma parceria do baixista Bororó, Edmundo Souto e Ney Lopes. João Caetano teve várias composições como tema de novelas na Rede Globo, como Guardião, em Direito de Amar, Pedaços, em Fera Radical, Tá na Terra, Salvador da Pátria e ainda Meu Coração, na novela Pantanal da TV Manchete.

Além da trajetória de vida dos músicos, o livro ainda traz partituras de 37 músicas produzidas por Bororó, Fernando Perillo, Carlos Ribeiro, Lucas Faria, Juraídes da Cruz, Rinaldo Barra, Itamar Correia, Gustavo Veiga, Carlos Brandão, Braguinha Barroso, Marcelo Barra, Tibério Gaspar, Naire, Pádua, Genésio Tocantins, Hamilton Carneiro, Adalto Bento Leal, Wanda D’Almeida, Horton Macedo, João Caetano, Otávio Daher, Luiz Junqueira, Odilon Carlos, Walter Faria, Chaul, Valter Mustafé e Luiz Augusto.


Confira algumas histórias retiradas do livro MPB em Goiás - Compositores dos anos 70, de Reny Cruvinel e Luiz Chaffin...

O cenário estava preparado. Carlos Brandão, já no palco do Salão Paroquial da cidade de Iporá, Oeste Goiano, com o violão nas mãos, aguardava a entrada de Eduardo Jordão. Este faz aquela tradicional pergunta de quem não consegue segurar a ansiedade q que busca, sempre uma resposta positiva: Como está o público? Carlos, como é conhecido no meio, não economizou: Está cheio, disse. Foi a senha para que Jordão fizesse a sua entrada triunfal com ânimo dobrado. Ele entrou correndo, se esbaldando... Tinha umas 30 pessoas. Aí eu completei: Ta cheio de cadeira vazia, conta Brandão. Resultado: depois de muito xingatório e algumas canções interpretadas a contragosto, o show, que tinha previsão de 1 hora e 30, ganhou uma versão light de 35 minutos.

O fato aconteceu nos anos 70, uma época em que fazer música em Goiás era, acima de tudo, um grande desafio, com boa dose de sonho e paixão. Equipamento ruim e instrumentos sem qualidade eram apenas o princípio das dores. Gravar disco, algo muito distante. Mesmo assim, um grupo de compositores deu o tom a uma musicalidade que uniu diversas influências e abriu portas para os que vieram depois.

Também não são poucos os casos curiosos contados por quem já viveu o período. O mesmo Eduardo Jordão passou por outra experiência que conquistou seu lugar no folclore da MPB em Goiás. Segundo Carlos Brandão, o performático Jordão, certa vez, quase foi eletrocutado enquanto cantava. Ele encostou num fio desencapado e ficou tomando choque. Nós pensamos que era parte da performance, que estava ótima, por sinal. Até que ele caiu desmaiado. O público aplaudiu de pé, mas depois descobrimos o que estava acontecendo de verdade, conta Brandão.

As parcerias nasciam, quase sempre, de forma espontânea. Mas houve casos em que um empurrãozinho acabou sendo a medida mais apropriada. Isso aconteceu com Hamilton Carneiro e Genésio Tocantins na parceria de Frutos da Terra. Hamilton já atuava com publicidade e televisão quando sugeriu a Genésio que criasse um jingle, musicando um poema seu. Talvez sob a influência do cachê, que parecia certo, Genésio compôs a canção de um dia pro outro, respeitando o briefing ao pé da letra. Quando chegou com o jingle pronto, soube então que, na verdade, Hamilton ainda ia buscar um cliente para a peça. E isso nem chegou a acontecer, pois a música se encaixou perfeitamente como abertura do novo programa que Hamilton se preparava para apresentar: o Frutos da Terra. Acabou se tornando uma das canções mais divulgadas.

Fernando Perillo e Juraíldes da Cruz também têm suas histórias. Perillo conta que estava em casa certo dia quando sua mãe foi chamá-lo, dizendo que alguém o procurava. Chegou à porta e, em princípio, não viu a pessoa. Encontrei o Chaul detrás de uma árvore, quase morrendo de vergonha, conta Fernando. Ele queria propor uma parceria que, mais tarde, rendeu belas canções. Nasr Chaul reconhece que precisou vencer uma luta pessoal contra a timidez para dar o primeiro passo como compositor.
Para ter seu primeiro violão, Juraíldes da Cruz precisou fazer retoques. O instrumento, da marca Saema, estava com o fundo descolado. Não teve dúvidas: fez o conserto com cola Tenaz e deixou um butijão de gás em cima para secar. No outro dia, o violão ficou todo estufado. Mas cumpriu o seu papel. Foi com ele mesmo que Juraíldes aprendeu os primeiros acordes.

Fios desencapados, cadeiras vazias, violões descolados e outras dificuldades fizeram parte do dia-a-dia desses artistas. São histórias de vida que integram a própria história cultural do Estado de Goiás. Tudo superado com criatividade e um desejo louco de seguir o coração pulsando em ritmo musical.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

"Bossa Sempre Nova"

O Centro Cultural Banco do Brasil Itinerante traz para Goiânia nesta quarta-feira, 18, às 21h no Teatro Rio Vermelho, o show Bossa Sempre Nova. Músicos como Fernanda Takai, João Donato, Leny Andrade e Toquinho são os convidados que comemoram junto aos goianos os 200 anos do Banco do Brasil, um grande incentivador dos movimentos culturais brasileiros.

A vocalista da banda mineira Pato Fu, Fernanda Takai, canta músicas do disco que lançou recentemente, "Onde Brilham Os Olhos Seus", uma homenagem à Nara Leão (1942-1989), uma das grandes responsáveis pelo sucesso da bossa nova.

A carioca Leny Andrade apresenta clássicos que marcaram o Beco das Garrafas, em Copacabana, Rio de Janeiro, e os pocket shows, dirigidos pela dupla Miele e Bôscoli.
Leny Andrade começou a tocar piano aos seis anos de idade e logo fez sucesso em boates. Foi influenciada pelo jazz ao morar nos Estados Unidos, México e Europa. Ao lado de Pery Ribeiro, a dupla foi sucesso em 1960.

João Donato, que hoje reside no Rio de Janeiro, é pianista, acordeonista, arranjador, cantor e compositor. Um dos responsáveis por modernizar a bossa ao morar nos Estados Unidos e também ser influenciado pelo jazz. Alguns de seus sucessos serão relembrados, além de homenagens a outros compositores da bossa.

Toquinho, que esbanjou simpatia em seu último show em Goiânia (2007), não poderia faltar. Muito bem lembrado quando o assunto é bossa nova por suas grandes composições e também parcerias com os mestres Tom Jobim e Vinicius de Moraes, a quem presta homenagem no show. O músico ainda faz uma homenagem ao célebre Concerto do Carnegie Hall, apresentado em 1962 em Nova York, quando a Bossa Nova chegou ao exterior.


Bossa Sempre Nova - Centro Cultural Banco do Brasil Itinerante
Dia 18/06/2008 – quarta-feira - às 21 horas
Local: Teatro Rio Vermelho
Ingressos: Shopping Bougainville e Bilheteria do Teatro
Valor: R$15,00 (inteira) e R$7,50 (meia)

terça-feira, 10 de junho de 2008

ZECA BALEIRO em Goiânia


Zeca Baleiro faz show no próximo domingo, 15/06, às 20 horas no Teatro Rio Vermelho. “Assim se passaram dez anos” é o nome que ele mesmo batizou e garante ser bem diferente do que vinha fazendo até então. Um passeio por seus nove discos gravados e composições inéditas que poderão ser gravadas nos próximos discos, como canções de João Nogueira e Walter Franco.
Um show mais intimista, em que é possível maior interação entre o músico e o público.



Zeca Baleiro - Assim se passaram dez anos
Dia 15/06/2008 às 20h
Teatro Rio Vermelho
Ingressos: R$40,00 (inteira) R$20,00 (meia) na bilheteria do teatro e no Goiânia Shopping


Zeca Baleiro Tuco Marcondes

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Toda Pintura - Pitágoras

O artista plástico goiano Pitágoras apresenta até o dia 06 de julho Toda Pintura, na galeria Potrich Arte Contemporânea. Os curadores Gilmar Camilo e Celso Fioravante selecionaram 35 obras produzidas recentemente pelo artista que serão inéditas ao público goiano.
Pinturas em grandes e médios formatos que revelam a compulsividade com que Pitágoras tenta desvendar o interior dos seres humanos, os quais se disfarçam para enfrentar o cotidiano.



Mostra: Toda Pintura - Pitágoras
Data: 03 de junho a 06 de julho/2008.
Local: Galeria Potrich Arte Contemporânea
Rua 52 Nº. 689 – Jardim Goiás, Goiânia-GO
Entrada Franca

Pitágoras - A estética do desnudar - Por Oscar D’Ambrosio, jornalista e mestre em Artes Visuais pela Unesp, integra a Associação Internacional de Críticos de Artes (AICA-Seção Brasil).

Uma das mais importantes, talvez a principal, funções da arte é desvendar o interior dos seres humanos. O goiano Pitágoras desenvolve essa tarefa com agudeza ímpar. O modo como trabalha suas figuras representa justamente uma resposta estética ao mundo, marcada pela proximidade ao expressionismo.


Isso ocorre no sentido de mostrar as pessoas como elas realmente são em sua essência, não como poderiam ser em vã aparência ou como gostariam de ser em sua viagem egocêntrica megalomaníaca. O belo da poética de Pitágoras reside no discurso visual em que a figura ganha uma dimensão épica.


O que se vê são sombras, manchas, seres fantasmagóricos, marcados pelo uso de uma técnica que tem como maior característica instaurar microuniversos de desnudamento existencial. Se há referências a mestres como Siron Franco, Ismael Nery e Iberê Camargo, elas não estão naquilo que o artista constrói plasticamente.


O diálogo é realizado pelo observador na proximidade de atmosferas indagadoras sobre o papel de cada indivíduo. As deformações de Siron, o lirismo de Ismael e a densidade de Iberê são mais que meras referências. Constituem uma lista de companheiros de viagem.


O mundo se torna uma espécie de palco, no qual Pitágoras compõe suas marionetes, associadas a insetos e ambientes urbanos, em situações às vezes jocosas, sempre repletas de conteúdo crítico, numa espécie de texto visual, em que cada nova imagem funciona como um quadrinho da história do homem contemporâneo, imerso em profunda crise sobre o sentido da civilização que criou.


Seja no uso da cor ou na produção de trabalhos com grisalhas em que pretos, brancos e cinzas estabelecem ritmos próprios, Pitágoras torna suas mulheres e homens caricaturas da vida moderna. Há nelas certa agressividade, já que geram incômodo e uma morbidez mesclada com sensualidade.


Rostos e corpos mantêm o apelo do figurativo, mas progressivamente se diluem para sugerir que a convivência entre figuras e fundos está longe de ser cartesiana. É marcada pela tensão entre o manifesto e o sugerido, conflito do qual o observador sai renovado a cada obra do artista goiano que contempla.