Me conte alguém que assistiu ao filme Tropa de Elite e não tem nenhum comentário a fazer?! Pois bem, eis aqui o meu.
A fina flor na multidão
Tropa de elite foi um dos filmes mais esperados no cinema dos últimos tempos. Além de fenômeno em bilheteria, é também um fenômeno cultural, simplesmente porque nos leva a vários questionamentos e reflexões, despertando diversas reações no público. O diretor José Padilha conseguiu nos mostrar um conflito entre a vida pública e a privada através do personagem de Wagner Moura, o capitão Nascimento do filme. Ele se tornou um herói na visão de muitas pessoas, pois além de honesto no combate ao tráfico, ele matava, torturava, prendia, mas tinha um lado amoroso, que era o familiar. Sua mulher estava preste a dar à luz e ele pretendia deixar o BOP (Batalhão de Operações Policiais Especiais), pelo qual se consagrou a vida toda, para se dedicar ao lar e, principalmente, por estar cansado de lutar contra o crime num país com tamanha enfermidade moral, onde se morre um honesto e nascem três corruptos.
Tarefa difícil para o capitão foi encontrar alguém que pudesse substituí-lo. É onde entram em cena dois amigos de infância, Neto (Caio Junqueira) e André Matias (André Ramiro) que sonhavam em entrar para a vida militar. Os dois também se viram diante de uma situação diferente do que a mídia consegue mostrar, em que criminosos se aliam a policiais e quem vai mais além, acontece como o caso do jornalista Tim Lopes.
Um conflito maior entre a sociedade é o fato de que assim como dentro do BOP existem as elites da tropa, mesmo que seja minoria, na favela também há. Uns gostaram de ver o tratamento dado aos traficantes, outros já consideram exagero. E o que não é mostrado no filme, o que acontece com os policiais corruptos? O que acontece com os filhos de classe média, alta que também contribuem para o tráfico?
Quem gostou muito do filme também foi a banda Tihuana, que tem como tema do filme a música “Tropa de Elite”, do título “Ilegal”, 2000, baseada no livro escrito por André Batista, Rodrigo Pimentel e Luiz Eduardo Soares. Além de ter aumentado o número de shows, já comemoram disco de ouro, com mais de 100 mil cds vendidos.
O filme foi gravado em 1997, ano em o Papa João Paulo II faria uma visita ao Rio de Janeiro e o Batalhão de Operações Policiais Especiais seria o responsável por sua segurança.
3 comentários:
agora é torcer para o pessoal da ROTAM não se inspirar neste filme e sair dando porrada geral...rsrs
oi amiga, amei seu blog
fico muito feliz pela sua
iniciativa...bejos te adoro!!
Postar um comentário