sábado, 17 de novembro de 2007

Grande Hotel Revive o Choro

Não sei se conseguirei descrever minha emoção ao me sentar em plena Avenida Goiás em horário de pico. Estive presente na última sexta-feira, 16, para assistir à apresentação do projeto Grande Hotel Revive o Choro, de realização da Secretaria de Cultura da Prefeitura de Goiânia. Só quem já esteve lá sabe do que estou falando.

Sentada, comecei a viajar na apresentação da Banda Musical de Goiânia e depois, ao som do bandolim, flauta, clarineta, pandeiro e violão. Cada expressão dos ali presentes me arrepiava. Impressionante a felicidade do público, que por sinal, de variada faixa etária. Os anciãos, parecendo que estavam recordando um tempo em que foram felizes, talvez continuem sendo hoje, ou não. Os mais novos, apreciavam a habilidade dos músicos, também de variada faixa etária. Até eu senti saudades de um tempo que não vivi. Alguns caíram na dança, nem eu resisti. Outros apenas apreciavam ou mexiam alguma parte do corpo.

Cada olhar tinha um brilho diferente. A felicidade estava ali, nos aplausos, nos risos, no descer gelado de um chope boca adentro ou mesmo num churrasquinho desses vendidos nas ruas, mais conhecidos como de carne de gato. Um senhor, já bem de idade, me chamou a atenção pela forma com que observava as pessoas. Enxerguei em seu sorriso todo o seu passado boêmio sendo vivido naquela noite de primavera em que ele talvez nem esperasse estar vivo.

Felicíssima a idéia de trazer o Choro de volta, ainda mais para a calçada do Grande Hotel, hoje considerado patrimônio nacional. Segundo a coordenadora, Marley Costa Leite, aproximadamente mil pessoas comparecem àquele local para saudar esse evento mais que especial.

O projeto Grande Hotel Revive o Choro acontece todas às sextas-feiras a partir das 18:30 h. É uma ótima oportunidade para sentarmos em plena avenida que, normalmente, é bem movimentada por veículos ou mesmo passantes apressados e ainda desfrutarmos da boa música brasileira.

Sintam-se Convidados!!!

Um comentário:

Anônimo disse...

Repara não que sou chorona mesmo... mas emocionei-me além do normal com o seu texto... Vc nem imagina a guerra nos bastidores para fazer sobreviver uma idéia... Obrigada mesmo!!!
Marley