domingo, 2 de novembro de 2008

Os extremos

O amor

Bastou você chegar para me completar
Eu que caminhava perdida, sem saber onde parar
Eu que sempre gostei de voar, me sentia um pássaro com asa ferida
Não conseguia saciar a minha fome, mesmo alimentando-me
Não conseguia sorrir, mesmo gargalhando
Era uma rosa sempre a despetalar
Bastou sua luz brilhar sobre mim para que eu ganhasse força
Seu sorriso me deixa mais leve nesse mundo tão pesado
Suas mãos me prendem ao seu corpo da maneira mais firme e delicada
Seus olhos me fazem acreditar no impossível
Seu beijo aquece o ar despertando desejos inexplicáveis
Bastou você me olhar para que eu não desejasse mais nada além de você
Bastou você sorrir para que eu me enchesse de esperança
Bastou você me tocar para que eu tivesse certeza que encontrei meu porto
Sua voz calma me deixa serena, aliviando-me das tensões
Sua cor alegra os meus olhos e aguça, sem extensão, o meu instinto
Você que foi guardado para mim
Nem imaginava que eu estava preparada para você
Quero ser somente sua sem precisar explicar para entender
No seu jeito simples me perder e me encontrar
Sermos crianças e velhos, e nunca mais nos sentir só
Subir e descer pelo o que a vida oferecer sem largar as mãos
Não quero saber se o tempo existe, pois agora é o meu tempo
Vou seguir colorida, cantando pelos caminhos mais floridos
Sentindo o cheiro que vem de você
O sabor que tem nós dois juntos
E, simplesmente, viver o bem que você me faz.




O desamor

Hoje corro pela estrada sem coragem de parar
Sinto dentro de mim uma força gritando por socorro
Tudo me dói, me pesa, me afunda
Não sei que sentimento é esse que nos deixa de pé
Mas sei que hoje me desfaleço lentamente
A lágrima secou por fora, mas por dentro me afogo
O silêncio se torna um caos ao meu redor
Sei que existe um infinito, mas bem longe de mim
Agora sou eu, perdida numa imensidão
Peito ferido, que não cicatriza
Já não sei mais diferenciar calor de frio
Tudo é pequeno e sem sentido
A não ser a dor dentro de mim que se dilata
Dane-se tudo e me deixe explodir ao meu jeito
Deixa meu silêncio calar a dor que sinto
A hora passar despercebida sem diferenciar noite de dia
Enquanto meu peito se petrifica
Qualquer melodia que se executa passa despercebida
Sem força, caminho pela estrada escura e sombria
Dor. Ah, dor!...
Queria eu ter a covardia para tirar-me o ar
Ou então, perder a memória e sentimentos
Viver por viver, sem amar, sem sofrer.

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